Época medieval
Graças às vantagens da sua localização geográfica (vale do Mondego), terá tido uma evolução ao longo da Idade Média. Haveria muitas famílias feudais com elevado poder na região. Estas possuíam as melhores terras de cultivo, nomeadamente na parte baixa da freguesia, junto ao rio. Podemos encontrar vestígios arquitectónicos desta época nas quintas brasonadas, com as suas capelas privadas, que se encontram à beira do bacio fluvial. A construção e preciosa ornamentação da Igreja Matriz datam desta época e terá sido encomendada e financiada pelas diversas famílias ricas dessas quintas (informação não documentada). Num documento datado de 1758, Memórias Paroquiais da Paróquia de Porco, e assinado pelo Prior Joseph de Almeyda é descrito com bastante pormenor o lugar de Porco. Segundo este documento, a localidade tinha 351 habitantes. São enumeradas várias ermidas (capelas) todas elas em quitas e de pessoas particulares: Ermida de São Sebastião, de São Domingos, de Santa Ana, de São Lourenço, de Santo António e da Madre de Deus.
Muito do espólio destas casas, assim como as referidas ermidas, desapareceram no início do século XIX com as Invasões Francesas a Portugal. A freguesia ficou no caminho dos franceses que saquearam algumas das suas maiores riquezas, nomeadamente as religiosas. Alguns edifícios de construção antiga foram total e parcialmente destruídos. Alguns dos mais idosos recordarão, certamente, episódios lamentáveis desta época que lhes foram descritos pelos seus antepassados.
Luís Prata 2013
"Titulares, em 1811, dos solares incenciados aquando da retirada das tropas de Massena, na sua passagem pelo vale do Mondego (junto à Guarda):
1- Qtª da Alameda, de Francisco Lopes Calheiros
2- Qtª da Várzea, de Josefa Cortez de Carvalho e Vasconcellos
3- Qta das Relvas - nome do proprietário é desconhecido mas o solar ostenta as armas dos Cabrais.
J.M.Coutinho"